O medo da exposição, a
omissão e, na linguagem (quase) popular, as “nádegas detidas” são
características daqueles que têm medo de dizer o que pensam, medo de expor suas
opiniões, mesmo que estas viessem
a contribuir para o seu progresso pessoal, para o progresso de uma cidade, de
um país ou do mundo...
Na sociedade em que nos
encontramos são quase interceptáveis as verdades ocultas. Às vezes, nos
deparamos até mesmo com mentiras sinceras! Acredite se quiser...
Que bom seria se a
transparência e a verdade substituíssem a omissão e a mentira... Seria como se
tirássemos do jogo Zé-Perna-de-Pau e João-Todo-Duro e puséssemos em campo Ronaldinho
Gaúcho e Neymar. Seriam vozes da honestidade (de poucos, porém muito honestos)
flagelando as vozes – se é que as ouvimos – da inibição do desenvolvimento.
Mas quem dará o pontapé
inicial para que isso aconteça? O povo. Isso mesmo! Ninguém seria mais adequado
para fazer um Boletim de Ocorrência que alguém uma vez já roubado, espancado,
estuprado ou coisas afins. Pois é... Neste mundo competitivo e de poucas
oportunidades devemos estar atentos a tudo e ligados (a cabo) ao que acontece
ao nosso redor.
Apoiando omissões públicas
estamos contribuindo para o regresso. Em visão geral, estamos também
contribuindo para o bom desempenho da corrupção. O medo de exposição pública
não é maior que o medo de vivermos em condições precárias nem o de sermos
tachados como otários, ou melhor, de que passemos mesmo a merecer tal título
(por opção própria).
Ser sincero não faz mal a
ninguém, basta saber dar sua opinião; ser omisso não é dever de ninguém, basta
conhecer seus direitos; ser crítico não é ser carrasco de ninguém, basta olhar
com criticidade coisas que nos prejudicam; dar notícia não é agradar ou
desagradar ninguém, basta expor a verdade!
Afinal, a verdade todos
veem! Se é positiva, parabéns! Se
é negativa, consertem os erros do foco da notícia para que esta venha depois de
forma que vos agrade....
Prof. Vero Fernando